Lição 9 - (Novembro de 2011): William Wallace, os Heróis da Escócia e o Povo Escocês.

Lição 9 -  (Novembro de 2011): William Wallace, os Heróis da Escócia e o Povo Escocês.

Logo após sairmos de Londres, fizemos uma pequena parada na Escócia, antes de retornar ao Brasil. Não sei porque, mas sempre senti que tinha uma atração e identificação com aquele lugar. Não sabia definir ao certo. 

William Wallace (1272 a 23/08/1305) foi um guerreiro escocês que liderou seus compatriotas na resistência à dominação inglesa, imposta pelo Rei Eduardo I. Sua história ficou mundialmente conhecida, especialmente pelo filme produzido por Mel Gibson, Coração Valente (Brave Heart). E esse filme marcou muito um período de minha vida, no ano de 1995, quando foi lançado. Uma mensagem que retumbou em minha cabeça por anos foi a famosa frase, que seria de autoria de Wallace: "Liberdade é a melhor de todas as coisas a ser conquistada, a verdade, lhe digo então: nunca viva com os grilhões da escravidão, meu filho". Existe um monumento na Escócia em homenagem a William Wallace e era um dos motivos principais que eu queria ir nesta primeira vez à Escócia.  

Monumento a William Wallace. 

Os registros históricos indicam que Wallace não foi compreendido em seu tempo ,e, apenas séculos depois teve o tratamento que merecera e é considerado um dos Heróis da Escócia. Venceu o exército do Rei Eduardo I,  na batalha conhecida como "Batalha da ponte Stirling". Em 11/09/1297 as forças inglesas foram reunidas ao redor do Castelo de Stirling, ao passo que  os escoceses estavam no lado oposto do Rio Forth. Tudo que os separava era uma ponte. Os Ingleses, por serem mal comandados pelos seus líderes, caíram em uma armadilha de William Wallace e quando cruzaram a ponte foram derrotados. 

Vitral com a imagem de William Wallace. A seta indica o local da ponte se Stirling. 

William Wallace foi um estrategista nato, em uma época em que o acesso ao conhecimento era muito restrito. Mesmo assim, Wallace acreditou em seu desejo de ter a liberdade não só para si, mas para seus descendentes. Teve diversas vitórias, mas, foi traído. A imagem de Wallace foi distorcida para o povo. Ninguém conseguia entender o que era esta tal "liberdade" que era tão almejada. Quando foi preso, Wallace foi zombado por multidões, que lhe atiravam comida e pães podres.  Não teve chance de defesa e foi condenado à tortura e morte. Primeiro,  foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Foi, então, castrado e capado. Após esse sofrimento impensável,  foi decapitado e esquartejado. Os pedaços de seu corpo foram enviados para  diversas localidades do Reino (Newcastle, Perth, Berwick, Stirling). Sua cabeça foi afixada na Ponte de Londres. Era a tentativa de uma  advertência para outros possíveis "traidores".Depois de sua morte, a Escócia fêz-se independnete pelas mãos de Robert The Bruce, culminado com o nascimento do Estado Escocês.  

O povo Escocês chamou-me a atenção, pois é muito comprometido. Muitos cientistas, inventores, líderes de pensamento são escoceses. Por exemplo, Adam Smith, pai do pensamento moderno econômico. Ou ainda, Alexander Graham Bell, inventor do telefone. E, James Watt, Pai do Motor a Vapor. 

A pergunta que fiz a um Escocês foi a seguinte: Porque o seu povo, mesmo vivendo tantos conflitos no passado, tantas dificuldades e restrições, conseguiram fazer tantas realizações e produzir tantos pensadores ? O Escocês respondeu: comprometimento e capacidade de adaptação a adversidades. 

Ovelha Dolly, que foi clonada, encontra-se empalhada em um Museu na Escócia. 

Com esse espírito de "busca da liberdade" e com acreditação em que podemos tentar melhorar nosso País, fica aí a reflexão baseada com o que constatei na Escócia: comprometimento e capacidade de adaptação a adversidades.  

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